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Parceria de Colégio Xingu e Startup propiciará ajuda psicológica e orientação educacional para adolescentes

Texto: Miriam Gimenes

A adolescência é uma das fases mais conflituosas da trajetória humana. Seja pelas descobertas, as mudanças hormonais ou a relação com os pais, trata-se de um período que merece atenção especial, principalmente no quesito psicológico. A fim de a atravessar esses anos da melhor forma possível, Monica Fragato criou a startup Aproxima - que deve virar aplicativo já em dezembro -, uma plataforma de orientação emocional e educacional, voltada exclusivamente para jovens que estão neste período da vida: de 11 a 19 anos. E o Colégio Xingu é o primeiro instituto educacional de Santo André a firmar parceria com a iniciativa.
Monica criou a startup em janeiro, em uma imersão feita no vale do Silício, nos Estados Unidos. Ao todo eram 89 participantes e, firmada a ideia, ela resolveu trazê-la para o Brasil. “O que estamos passando agora é algo sem precedentes. Tudo muito novo. Acabou que estávamos lá, nos Estados Unidos, ouvindo sobre um vírus que viria a chegar no País em fevereiro. Pensei que seria o momento perfeito para implementar o projeto. É importante dizer que hoje o jovem precisa ser ouvido e o Aproxima auxiliará nisso.”
Com acesso à plataforma (@aproxima.app, no Instagram), permitido para alunos de escolas parceiras, uma equipe multidisciplinar poderá assistir aos adolescentes. São endocrinologistas, psicopedagogos, especialistas em testes vocacionais, psicólogos, fonoaudiólogos, entre outros, disponíveis 24 horas por dia. “Para serem atendidos por todos esses profissionais e outras empresas que oferecem serviços no aplicativo, os adolescentes poderão ter desconto de até 50% das consultas. Orientação educacional, é importante dizer, não tem custo”, garante Monica.
O Aproxima também promove lives democráticas em que os jovens marcam um horário na plataforma e podem discutir, neste período, sobre assuntos do interesse deles. “É um espaço que podem falar sobre qualquer coisa que queiram, do interesse deles. Eles têm esse espaço para que eles possam falar, desabafar. Em tempos de pandemia, esse foi um projeto bem bacana, no qual tivemos participação de muitos adolescentes fazendo lives.”
O Colégio Xingu, por exemplo, fez uma conversa pela plataforma sobre setembro amarelo, período da campanha de combate ao suicídio. “Do isolamento para depressão, é um pulo e essa é a nossa preocupação. Os adolescentes dão sinais, e esses sinais precisam estar muito claros tanto para os pais quanto para os próprios adolescentes. Como eles estão em uma fase onde são mais próximos aos iguais, se distanciam um pouco dos pais. Isso é normal. O que não é normal é que este distanciamento se perpetue e fique muito grande. Por isso o nome do aplicativo, Aproxima. É preciso ficar atento.”
E acrescenta: “À noite, por exemplo, se ele tem uma crise de ansiedade e quer conversar com alguém, poderá ter na palma da mão um aplicativo com profissional para atendê-lo. É como se fosse uber: o profissional que estiver mais próximo, o jovem se conecta com ele e inicia o atendimento”, explica Monica. Tudo, é claro, com o aval dos pais. O projeto também inclui, assim que voltarem as aulas presenciais, a realização de workshops e palestras nas escolas, sobre assuntos que se mostrem necessários à comunidade.