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Coordenadoras do Colégio Xingu dão dicas de adaptação para o início das aulas

 

Texto: Miriam Gimenes

Já se foram os dias de descanso. Depois de quase dois meses de férias é hora de as crianças voltarem à rotina escolar. Ainda que elas tenham sentido saudades deste ambiente, nem todas conseguem se adaptar facilmente já nos primeiros dias, inclusive as que trocaram de escola. A fim de que esse processo seja mais fácil, coordenadoras do Colégio Xingu das três etapas - Infantil, Fundamental I e II - dão dicas para que os pais possam ajudar neste processo.

Vamos começar pelos menores. A coordenadora do Infantil, Fernanda Oliveira Sanches, diz que é importante que o pequeno se sinta ambientado com a escola mesmo antes do início das aulas de fato. “Fazer a criança participar da organização dos pertences, do uniforme, da compra dos materiais, é uma boa dica não só para os alunos novos, como também para os que já são da escola, pois já os prepara para essa volta à rotina, além de  delegar responsabilidade aos pequenos quanto aos cuidados com seus pertences, o que gera autonomia”, aconselha.

Segundo ela, antecipar um pouco da rotina escolar também é uma estratégia como, por exemplo, falar das atividades que a criança participará, sobre aprendizado, a alegria de ter novas amizades e, principalmente, sobre os professores. “Neste momento, pode ser um recurso para os pais mostrar fotos da escola nas mídias sociais.” Como as crianças miram muito em exemplos, falar sobre a própria experiência, não só quando mudou de escola como também quando entrou no trabalho, é muito válido. “As crianças se sentirão acolhidas e respeitadas em seus sentimentos e gostarão de saber que medo e insegurança são sentimentos normais frente ao novo. É importante nesse momento trazer positividade e encorajamento.”

Na hora de levá-los, de fato, na escola, a dica é que o pequeno vá andando e não no colo dos pais.  “O choro é comum nessa faixa etária, por isso é importante que a família esteja preparada também para a adaptação. Manter-se calmo e tranquilo promove a segurança que a criança pequena precisa. Não é aconselhável prolongar muito esse momento de entrega da criança à professora e nem sair sem se despedir, às escondidas.” Objetos de apego, como brinquedos e cobertores, são bons aliados porque oferecem segurança na hora da separação. Envie-os na mochila da criança.

Outra questão importante, principalmente nesta faixa etária, é a alimentação. O cardápio destinado para Educação Infantil e 1º ano, entregue durante a reunião de pais, deve ser seguido. “Ele orienta o que trazer, mas em geral, a escola busca incentivar uma alimentação saudável, com frutas diariamente, sucos naturais, água ou chá, evitando doces, grandes quantidades de alimentos industrializados ou facilmente perecíveis, tais como leites fermentados e iogurtes”, ressalta Fernanda.

Já na Etapa I, a coordenadora Alessandra de Freitas Piccoli pede que os pais controlem a ansiedade e mostrem aos filhos que confiam na escola, principalmente se for aluno novo, para que as crianças se sintam seguras também. “Se for aluno do 2º ano, é normal que os pais depositem expectativas em relação ao rendimento, o que geralmente é transferido para os pequenos. “É importante que isso não aconteça, que não ocorra esse peso do novo. Agir assim vai trazer ansiedade nas crianças. Tem de mostrar que é uma continuidade dos anos anteriores, que vai dar tudo certo, valorizar o potencial deles”, sugere. A escola, acrescenta, está preparada para esse processo. Ainda nos primeiros dias, são feitas atividades para que as crianças possam se conhecer e também os demais, inclusive a professora, que tende a ser nova, o que promove a integração da classe e facilita o aprendizado.

A última e tão importante quanto as outras etapas, a II, é coordenada por Daiane Quirina de Camargo. Embora a adaptação nesta faixa etária seja mais fácil, até porque muitos estudam desde pequenos no colégio, também é feito um trabalho integrativo nos primeiros dias de aula. “O acolhimento é feito por meio de dinâmicas, visando a empatia, a integração entre alunos e professores, o estímulo e o desenvolvimento do trabalho em equipe com metas para o ano letivo”, explica. Um dos objetivos dessa proposta, acrescenta, é o reencontro, por meio do qual os adolescentes compartilham as experiências vivenciadas durante as férias, uma ótima oportunidade para a construção de laços afetivos com os novos alunos e convivência social.