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Colégio Xingu apresenta Plano de Retorno Presencial e Protocolo de Acolhimento

Texto: Miriam Gimenes

Vivemos um momento de incertezas. De um lado, estão os pais que, por necessidade - sejam elas psicológicas ou profissionais -, têm de enviar os filhos de volta para a escola. Do outro, estão os que acham que ainda não é hora, em razão dos riscos da criança, familiares e profissionais do colégio entrarem em contato com com coronavírus. No meio desse impasse está a escola, que oferece o que é possível no momento para ajudar ambos os lados: um plano de retorno presencial e acolhimento, que tem por objetivo receber os estudantes de forma segura, em todos os aspectos.
É o que garante a coordenadora da Educação Infantil e vice-diretora do Colégio Xingu, Fernanda Sanches. “Na verdade, esse acolhimento, a avaliação diagnóstica (para saber como está o aprendizado dos alunos), o reforço escolar que vem sendo dito pelos órgãos competentes, sempre foi nossa prática. Sempre iniciamos o ano com acolhimento e adaptação dos alunos. O fato de sermos uma escola democrática, construtivista, nos leva a analisar as características de cada um e de incluir todo mundo”, explica.
O trabalho individualizado, acrescenta, é de extrema importância neste momento. “O acolhimento emocional, a maneira que as crianças têm voltado, com toda essa situação de medo, isolamento, fez com que muitos perdessem o traquejo social. Elas pensam: ‘não sei mais como me comportar em um local com tanta gente, para chamar alguém para brincar comigo’. São tantas as questões que realmente necessitam de um plano de práticas dentro da escola para acolher essas crianças”, analisa.
Foi por isso que a equipe do colégio, acrescenta, trabalhou, desde o ano passado, no plano de retorno presencial, priorizando também esse aspecto psicológico. Esse direcionamento vem apoiado em diversos documentos de instituições do Brasil e do Exterior, que serviram de referência bibliográfica para formar a diretriz do Xingu, que está dividida, segundo Fernanda, em quatro frentes.
Uma delas é o acolhimento, que colocará a escola como um espaço de confiança para as crianças, onde poderão ser ouvidas e terão os sentimentos acolhidos, tanto de forma individual quanto em conjunto. Já a segunda, engloba as regras de convivência. “Há necessidade de reflexão, de diálogo e de que a gente pense em novas regras para conviver dentro deste espaço, que é tão diferente hoje como foi antes da pandemia”, explica. Também será feita uma avaliação diagnóstica, para conhecer as diferentes realidades no período da escola remota e as expectativas desse retorno presencial. E, por fim, a valorização do conhecimento, com a criação de um espaço cooperativo, que envolva o sentimento de valorização do que se aprendeu como promotor da autonomia intelectual e transformação da sociedade. “Daremos o protagonismo às crianças e adolescentes”, acrescenta.
E este plano, ressalta Fernanda, é um documento ‘vivo’, já que nunca vai ser fechado. À medida em que novas necessidades forem aparecendo, serão avaliadas e inseridas novas práticas. “Começamos com acolhimentos de forma presencial e remota, com os alunos do segundo até o nono ano. Quando começarem com as aulas, tanto para presencial, quanto para quem estará em casa, novas necessidades vão surgir. Conforme o tempo passar e essa situação de pandemia endurecer ou flexibilizar, esses protocolos têm de ser alterados. Vamos reavaliar a todo momento.”
Para o retorno presencial, as salas serão divididas em três grupos. A escola vai trabalhar em número menor que o limite, que é de 50%, colocado nos decretos estadual e municipal. “Esses grupos virão uma semana presencial e duas remotas. Assim, com muita segurança, as crianças podem ter isolamento de 14 dias antes de voltarem às aulas presenciais novamente. Para quem estiver em casa, as aulas serão transmitidas no sistema híbrido, ou seja, o que acontecer com a turma presencial vai ser transmitido ao vivo para os alunos em casa”, garante. Segundo Fernanda, a escola investiu na melhoria da internet, em materiais de tecnologia, telas, computadores, além de uma nova plataforma, que é a Microsoft Teams, para que nenhum aluno saia onerado por estar em casa.
Além disso, todo o espaço físico escolar já está demarcado com 1,5 metros de distanciamento, tanto na sala de aula, refeitório e como em outros espaços comuns. Também foi feita higienização por uma empresa terceirizada - a mesma que realiza em hospitais - para que haja desinfecção de todo prédio escolar, bem como a adoção do uso de tapete sanitizante na entrada do colégio. E nenhum funcionário ou aluno, com sintoma gripal, deve ir para a escola - a qualquer sinal de um sintoma de Covid-19 a criança será direcionada para uma sala de isolamento, até que os responsáveis possam buscá-la. “Seguimos todos os protocolos de segurança e estamos preparados para receber as crianças no dia 18”, finaliza.