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Aula extracurricular de Robótica do Colégio Xingu desenvolve raciocínio lógico e trabalho em equipe

            Texto: Miriam Gimenes

Uma nova aula extracurricular passou a ser disponibilizada este ano para os alunos do Colégio Xingu: a Robótica. Ministrada pelo professor Gustavo Henrique Magalhães Boato, proprietário da 4Kids Tecnologia Educacional, ela é indicada para alunos a partir de 6 anos que, de maneira lúdica, desenvolvem diversos pontos da formação estudantil, entre eles o raciocínio lógico, a física, matemática, ciência, concentração, além de dar noções de empreendedorismo e trabalho em equipe.

O curso, explica Gustavo, tem como base o termo ‘maker’, que consiste em um movimento no qual as pessoas criam suas próprias peças. É a ideia do ‘faça você mesmo’. Nas aulas, ministradas no MakerLab - espaço montado especificamente para ela - é trabalhado esse conceito usando ferramentas físicas e tecnológicas. “O curso envolve ideias de mecatrônica, engenharia e ensina como são usadas as ferramentas que os pais têm em casa de maneira lúdica e com supervisão, para que não ocorra nenhum acidente. Mostramos não só como é fácil apertar um botão, como também de que maneira ele funciona, como a criança pode trabalhar com isso”, explica o professor.

Robótica Educacional, ressalta o especialista, acaba se tornando, na verdade, um grande ‘monta-monta’. “É uma quebra de paradigmas. Durante anos ficamos atrelados a conteúdos utilizando somente Legos e hoje trabalhamos com materiais diversos. Além de exercitar a criatividade, ensinamos  o trabalho em equipe, a divisão de materiais, a encontrar o ‘comum acordo’, a pensar em empreendedorismo (partindo da pergunta de ‘como venderíamos isso no mercado?’), além de outros fatores como solução de problemas e raciocínio lógico, aplicados ao que aprendem na sala de aula em matérias como matemática, física e ciências.”

Os alunos que estão no 1º e 2º ano, de 6 e 7 anos, trabalham a parte inicial da robótica, o conceito da estrutura dos objetos. “Dividimos os alunos em equipes e fornecemos referências sobre funções, dando conhecimento do que o líder da equipe, o gestor e o construtor fazem com uma visão prévia do que é o mercado de trabalho. Pode parecer distante ensinar isso a uma criança de seis anos, mas já trabalhamos um pouco do que os pais vivenciam dentro de casa”, justifica Gustavo.

Para os maiores, é dada a aula de programação de forma autônoma, principalmente a partir do 5° ano. “Eles já têm essa maturidade de entender a questão lógica e conseguem entrar na ‘bolha’ tecnológica mais rápido. Começam, então, a desenvolver projetos que, ao invés de usar as peças já habituadas, como o Lego, por exemplo, podem transportar suas ideias para realidade virtual.” Os projetos devem ser ‘materializados’, acrescenta, em impressora 3D.

O destaque vai para o espaço criado para as aulas, um ambiente maker, com peças específicas para o desenvolvimento dos projetos. “A inovação na escola foi o espaço desenvolvido, que é MakerLab, junto com a equipe da Pró-Kids. Todo esse projeto pretende permear o currículo da escola, não só com atividades no contraturno, mas para agregar e complementar os projetos disciplinares do Colégio Xingu”, ressalta a diretora Viviane Passarini. Segundo ela, a escola segue a BNCC (Base Nacional Comum Curricular), em que é previsto o desenvolvimento da cultura digital e tecnologias de comunicação e informação nas escolas. “Atendendo a esse objetivo estamos potencializando esse trabalho visando compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de forma crítica”, finaliza. A ideia é que os alunos, ao longo do ano, possam programar games, fazer e automatizar protótipos além de, é claro, desenvolver algum talento que possam utilizar quando se tornarem profissionais.